terça-feira, setembro 05, 2006

Lacunas na formação

Há regras básicas de convivência que as crianças devem aprender desde cedo. Assim, é comum ver os pais insistirem nos «obrigado», «por favor», «adeus» ou em ensinamentos como «obedece à avó» ou «não digas palavrões»... De um modo geral, as crianças aprendem e, ao atingirem a idade adulta, ou antes disso, não cometem grandes erros, pelo menos por ignorância.

Há, contudo, lacunas graves na formação dos adultos. Neste momento, uma perturba-me particularmente. Assim, o apelo que faço a todos os pais e a todas as mães que eventualmente viajem por este chá é que acrescentem um ensinamento aos filhos (e, já agora, aos amigos dos filhos, aos familiares, colegas e seres humanos em geral) uma regra de convivência básica que, aparentemente, a maioria ignora:

É falta de educação colocar a pergunta
«COMO É QUE VAI A TESE?»


Se não houver assunto, a conversa esgotar, é preferível perguntar pela vida sexual do interlocutor. É menos invasor e muito menos confrangedor.

Já li outras tentativas de sensibilização para esta questão, mas sei que é uma batalha difícil. Este é o meu modesto contributo. Grata pela atenção.

5 comentários:

Anónimo disse...

A última vez que um grande amigo me perguntou "como vai a tese" utilizei a técnica de ricochete e devolvi-lhe a pergunta - o inicial diálogo ficou tão bacoco que não percebi se falava para um amigo ou para uma pedra. Fica a narrativa educativa.

Anónimo disse...

Começo a perceber como deve ser... Embora ainda esteja na fase do "Então, já decidiste o tema da tua tese?" E é cruel! portanto, vou ser bem educadinha das próximas vezes que falarmos, até porque agora ando mais armada em casamenteira :)))))))))))))

Pé de Tulipe disse...

Há sempre aqueles amigos que podem tudo! Que fazer? ;)
Mas, pegando no que diz o anónimo, há a técnica do ricochete! Be afraid! Be very afraid!

Anónimo disse...

Ó Sara, estás contente com a tua vida sexual?

Se calhar também não funciona para camuflar a falta de assunto, mas registei o manifesto anti-pergunta-bloqueadora-da-capacidade-criadora!

Pé de Tulipe disse...

Oh inês, porque é que achas que eu tenho escrito tão pouco? Achavas que era por causa da tese? :)))