terça-feira, julho 11, 2006
Chá de magia I
Tinham-lhe dito que a capulana era peça essencial de qualquer mala de viagem. Que, se a logística deixasse a desejar, podia ser transformada em quase tudo. Lençol, toalha de mesa ou de praia, saia, vestido, cobertor e muito mais. Um dia, quis testar-lhe os limites. Estendeu-a no chão, sentou-se de pernas cruzadas sobre as cores fortes que lhe denunciavam a origem e abriu os braços como se procurasse equilíbrio. Segundos depois, a capulana transformou-se em tapete voador (sem ser tapete!). De início, não estranhou. Habituada a sonhos extravagantes, percebeu que era mais um e decidiu aproveitá-lo até ao último instante. Depois, deixou-se levar pela realidade e soube que já não podia viver sem ela. Descobriu a magia de viajar para qualquer lado, ver amigos e família, explorar lugares e descobrir pessoas com a certeza de poder voltar a casa sempre que quisesse. Mas uma dúvida não foi capaz de apagar. Entre tantas idas e vindas, nunca conseguiu saber em qual das viagens estava de regresso a casa.
Foto de Capulanas e lenços (2004); Maputo: Missanga
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
PARABÉNS TULI
Até que enfim!
Pois também eu voo, e que de maneira quando na praia lanço o meu tapete voador ... só é pena que não seja real ... mas o sonho é uma constante da vida e por vezes o seu motor mais optimista!
Um beijo enorme
da tua Taci
Obrigada às duas pelo incentivo. Vamos ver se mantenho o chá quentinho e não vos desaponto! Foi bom sentir-vos por cá. Até agora, mantinha um espaço de acesso livre em todo o mundo e, no entanto, sentia que estava completamente escondido. Pensei em mantê-lo assim mais algum tempo, mas, claro, não fui capaz e ainda bem!!
Gostei de ter aqui os vosso comentários!
Espero que sim. Acho que o maior incentivo é mesmo esse. Ter uma casa para receber os amigos. Beijo
Great site loved it alot, will come back and visit again.
»
best regards, nice info harddrive power usage watts consumption
Enviar um comentário